Chove copiosamente.
Nos poucos momentos em que parece que a chuva parou, vou até à porta e olho o céu, não preciso olhar o céu, basta olhar o tempo para saber que a chuva apenas amainou um pouco e agora cai sutil e continuamente e nossa percepção é que está avariada pelo contínuo barulho da chuva, pelo vento frio ininterrupto, pela umidade que envolve, adentra e consegue empapar até o nosso psiquismo.
Chove, chove sem parar. O cinzento da atmosfera, a pouca luz, o silêncio dos outros sons que não seja o da chuva caindo; batendo, abrandando e se intensificando com o passar do tempo; atuam nas almas. Há um imenso silêncio, vez que até os pássaros se recolheram e quietinhos, encolhidos, mudos, cerram os olhos e ficam imóveis economizando energia e esperando novos sinais da natureza.
Abro o WhatsApp e me deparo com uma coletânea de músicas que alguém postou. Musicas de tempos vividos. A mente viaja passado afora, vem um ânimo bom, sinto companhia das lembranças, dos tempos idos, dos amigos e de coisas que a contemporaneidade das músicas, dos arranjos e das interpretações nos trazem. A chuva, a pouca luz, o acinzentado do tempo, a absoluta impossibilidade de atuar sobre a natureza; tudo aumenta nossa concentração e facilita a absorção de cada item contido na arte da música, da letra, do arranjo, da sonoridade dos instrumentos, das vozes, das expressões dos intérpretes.
A natureza nos manipula, nos burila, nos alegra e nos entristece a seu bel prazer. Também ela, a natureza, parece viver e se emocionar tanto quanto nós que nos percebemos indivíduos, mas somos apenas parte inseparável dessa chuva, desse vento, desse frio; dessa nossa mãe, a Natureza.
rilmar - janeiro 2020
Nos poucos momentos em que parece que a chuva parou, vou até à porta e olho o céu, não preciso olhar o céu, basta olhar o tempo para saber que a chuva apenas amainou um pouco e agora cai sutil e continuamente e nossa percepção é que está avariada pelo contínuo barulho da chuva, pelo vento frio ininterrupto, pela umidade que envolve, adentra e consegue empapar até o nosso psiquismo.
Chove, chove sem parar. O cinzento da atmosfera, a pouca luz, o silêncio dos outros sons que não seja o da chuva caindo; batendo, abrandando e se intensificando com o passar do tempo; atuam nas almas. Há um imenso silêncio, vez que até os pássaros se recolheram e quietinhos, encolhidos, mudos, cerram os olhos e ficam imóveis economizando energia e esperando novos sinais da natureza.
Abro o WhatsApp e me deparo com uma coletânea de músicas que alguém postou. Musicas de tempos vividos. A mente viaja passado afora, vem um ânimo bom, sinto companhia das lembranças, dos tempos idos, dos amigos e de coisas que a contemporaneidade das músicas, dos arranjos e das interpretações nos trazem. A chuva, a pouca luz, o acinzentado do tempo, a absoluta impossibilidade de atuar sobre a natureza; tudo aumenta nossa concentração e facilita a absorção de cada item contido na arte da música, da letra, do arranjo, da sonoridade dos instrumentos, das vozes, das expressões dos intérpretes.
A natureza nos manipula, nos burila, nos alegra e nos entristece a seu bel prazer. Também ela, a natureza, parece viver e se emocionar tanto quanto nós que nos percebemos indivíduos, mas somos apenas parte inseparável dessa chuva, desse vento, desse frio; dessa nossa mãe, a Natureza.
rilmar - janeiro 2020
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