Grato à Beth pelo destaque dado ao meu nome, à solidária manifestação da Terreze e à oportunidade de expressar e trocar impressões com todos.
Cada um há de perceber que o que relatamos foi o nosso modo de ver e vivenciar, cada um a seu tempo, a seu modo e conforme sua experiência
. A agência Ford, com sua imponência e seu conteúdo político e econômico, cujo telefone 111 servia para a turma tentar dar trotes relacionando o telefone com a música de Luiz Gonzaga cujo refrão era " Carolina, hum,hum,hum..."; era motivo de orgulho para nós ipamerinos, mormente os correligionários da UDN (Ipameri se dividia em UDN e PSD e a Chevrolet do Firmo Ribeiro tinha mais cara de PSD enquanto que a Ford seria da UDN). As lembranças são muito apegadas ao emocional e meu emocional está mais ligado ao Umuarama onde eu trabalhava. Havia sono mais havia prazer naquele trabalho onde eu tinha a companhia de meu Pai e seu Olinto que tomavam conta do bar e seu Gil que era o garçon. Eu tinha então 14 anos e era tratado pelos companheiros como adulto. Seu Olinto tinha toda uma técnica para fazer um café saboroso e não se cansava de ensinar que o café não era fervido era sim, escaldado e mostrava como é que se fazia. As vivências de bastidores não seriam possíveis se eu estivesse festando no salão. Toda vivência enriquece a vida e nos prepara para entender e lutar.
O auge desse local, a meu ver, foi na época do Umuarama club, então traziam os maiores artista como Bienvenido granda, emilinha Borba; assim como orquestras e conjuntos de renome mundial. Trabalhei aí, quantas noites sem dormir, na guarda de chapéu e agasalhos. Estendo o olhar para esse prédio e relembro de mil coisas, inclusive de meu primeiro terno que tive que fazer para exercer a função. O Sebastião Porto foi quem me socorreu confeccionando-o por um preço bem módico
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