Parece que a arte tenta retratar o real,
- quando, na verdade, o que está retratado aí é a manifestação artística, as sensações, as lembranças, o condão que refaz o passado emocional e nos possibilita o ressentir. Nesse ressentir somos levados de volta a momentos de intensa religiosidade quando nossos anseios, nossos medos, nossa instabilidade no, então, presente e a insegurança em relação ao futuro; tudo podia ser conversado aí dentro, nesse ambiente mágico, sacrossanto, celestial. O silêncio, o efeito luminoso dos vitrais, os santos atenciosos, pacientes e calados; e eu ali confidenciando, rogando, prometendo e, ao final, erguendo-me da genuflexão cheio de esperanças e sentindo uma leveza que só a fé, que hoje já não é tanta, podia me proporcionar.
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