Venha ver a minha alma,
Vem conhecê-la por dentro,
Penetra na minha mente,
Vem ler o meu pensamento.
Minha alma é muito triste,
Às vezes triste e vazia,
Tem a tristeza do triste,
Em noite de Nostalgia.
Meu coração, retrato fiel
Desta alma moribunda,
Pulsa em lúgubre compasso,
Tristonho sangue o inunda
Eu sou como alguém que morre
E no ermo mundo do além,
Escuta procura e busca;
Tenta ver, não vê ninguém.
Perdido em um mundo estranho,
Sozinho com o seu penar,
Senta-se em seu próprio túmulo,
E passa a noite a chorar.
É essa a alma que tenho
Absorta, tola, perdida;
Sempre a procura de algo
Muito longe dessa vida.
Busca a Deus a minha alma?
Busca a luz de um olhar?
Ou procura, simplesmente,
Um motivo para chorar?
Se alguma alegria tenho,,
Quando mais dela preciso,
É a que me vem de ti
E doas com teu sorriso
E de ver esse sorriso
Que eu julgava ser só teu,
Nas bocas angelicais
Dos filhos que Deus nos deu.
Rilmar (1970)
Meu filho, minha dádiva de Deus.
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