Blusa
Amarela
Blusa Amarela (os simples herdarão o mundo)
Com meu cavalo cansado,
Quando a tarde já morria,
Passei na porta da casa,
De quem, eu tanto queria.
Num arame no
quintal,
Uma
lembrança singela,
Um mimo que
ela, vestindo,
Ficava ainda
mais bela
Um vento sutil, batendo,
Balançava a blusa dela,
Por desventura, a mesma brisa,
Cerrou de leve a
janela.
Com uma dor
funda no peito,
Uma mágoa
dolorida
Fui me
afastando sem ver
A mulher da
minha vida
Só cumpria a minha sina,
A vida me fez assim,
O destino e a viola,
Tiraram ela de mim.
Com a
esperança da paixão,
Ainda olhei
para a janela,
Tudo que vi
foi o vento
Balançando a
blusa dela.
O vento ainda machucou,
Trazendo a fragrância dela,
Num restinho de perfume
Da blusinha amarela
Doce e infinita
tristeza,
Um profundo
sentimento,
Tão
sutilmente trazidos,
Pela leveza do vento.
Me afastando lentamente,
Eu não vi, mas pressenti,
Num vãozinho da janela,
Ela... olhando p'ra mim.
Aquele olhar
pressentido,
Aguçou meu
pensamento,
Segui tristonho
pela noite,
No frio daquele vento.
E pelo mundo vagando,
Os meus
caminhos eu sigo,
As
lembranças sempre voltam,
Ela está
sempre comigo.
Rilmar - 2014
Gostei muito da estória! Parabéns!
ResponderExcluirDe vez em quando me permito criar tais sigelezas. Obrigado
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